Em meio à quarentena provocada pela pandemia de Covid-19, quem tem filhos pré-adolescentes ou adolescentes com certeza fica preocupado com o tempo em que eles passam em frente à TV, nos celulares, em jogos e outras telas. Os livros são uma alternativa divertida de revezamento com as tecnologias e ainda ajudam a aprimorar a escrita, enriquecer o vocabulário e a prática do exercício de interpretação. Para incentivar os adolescentes a lerem mais, o Blog do Sebo Capricho convidou a professora Marília Bragagnolo Vivan, do Colégio Sesi Internacional de Londrina, para dar algumas dicas. 

“A leitura desenvolve a imaginação, estimula a memória e o raciocínio. Mas na minha opinião, o maior benefício da leitura é que através dela forma-se seres humanos mais críticos e desenvolve-se a capacidade de argumentação. Desta forma, prepara o indivíduo para enfrentar situações diversas e posicionar-se diante delas”, avalia.

Para gostar de ler

 Para aqueles adolescentes que não gostam muito de leitura, que torcem o nariz toda vez que ouvem a palavra “livro”, Marília indica começar pelos gibis, revistas, livros ilustrados e outros formatos escritos. “Isso ajuda a criar o gosto e o hábito de leitura.”

Ela também recomenda que os adolescentes busquem livros relacionados a filmes ou séries que estão em evidência e que sejam do gênero que lhe interessem, como terror, suspense ou romance, entre outros. “Se eles já conhecem um pouco a trama e os personagens através da tela, será mais simples introduzir-se na leitura”, pontua.

A última dica de Marília é seguir canais do youtube ou podcasts em plataformas como o  Spotify que trazem histórias curtas no formato de áudio  - chamados também de audiobooks -, que permitem conhecer novos autores e despertam a curiosidade para que busquem os livros. Ela sugere alguns canais: Fafa conta (youtube e Spotify), Ler antes de morrer (youtube), Histórias ao pé do ouvido (Spotify).

Amor pela leitura

A professora Marília conta que sempre gostou muito de ler. A maior influência foi a mãe, que lia bastante e contava histórias todas as noites para ela e a irmã. “Tínhamos uma coleção de livros que era dividido conforme as “quatro estações” e havia uma história por dia. Foi assim que conheci a maioria das histórias clássicas. Me lembro também de quando minha mãe leu conosco o livro “O menino do dedo verde”, foi inesquecível. Quando passei da fase infantil para a pré-adolescência, li a maior parte da coleção vaga-lume. Me interessava bastante por suspense e romance. Hoje continuo gostando muito desses gêneros, mas além deles, peguei gosto pelas histórias de terror e livros de ficção.